Jô Benetton iniciou, em 1972, com supervisões de casos clínicos, um ciclo de estudos em Terapia Ocupacional, que, fechado, gerou o C.E.T.O. Sabemos hoje  que o que pode também parecer um ciclo fechado numa teoria da técnica, fundada na clínica da terapia ocupacional, é na verdade um conjunto de trilhas direcionadas ao social. Um social desencadeado pelo C.E.T.O.  As trilhas da clínica, núcleo central do conhecimento da Terapia Ocupacional, se expandem à formação especializada, à pesquisa e ao próprio C.E.T.O., nos incluem e se ampliam nesses quase 30 anos.

Este número comemorativo dos 20 anos da formalização do C.E.T.O. traz como abertura Benetton, Goubert, Campos e Vogel nos contando a história dos 40 anos de nossa profissão no Brasil. Pibarot, nossa convidada, apresenta as aproximações teórico-técnicas na França e no Brasil. Em análise crítica, Benetton e Goubert comprovam com seu artigo essa aproximação em que similitudes e diferenças contam de uma evolução da Terapia Ocupacional.

As nossas formandas Isidoro, Sousa e Jorge, mantendo-se fiéis à clínica, evolucionam a teoria da técnica com seus próprios pensamentos e reflexões. Desrosiers e Saint-Jean, também convidadas, do Canadá, conceitualizam a função terapêutica das atividades na clínica das psicoses. Completando esta edição, iniciamos um ainda embrionário projeto de construção de artigos didáticos, acessando a teoria da técnica das trilhas associativas. Insistimos nesse aprofundamento, procurando consolidar a direção do conhecimento nos nossos também 20 anos.

A todos, o nosso brinde ao futuro, pois história não nos falta.

                                                                                                                   Jô Benetton
                                                                                                                   Sônia Ferrari