REVISTA - ANO 6 - NÚMERO 06 - 2001

editorial

Em um Fórum Clínico, no ano passado, o CETO comemorou formalmente 20 anos, metade da idade do primeiro curso de graduação em São Paulo e isto é comparativamente bastante. Significa que uma especialização foi criada após ou em decorrência do início da maioridade da Terapia Ocupacional e na realidade é assim que uma profissão cresce e se estabelece. Temos orgulho de não só participar, mas também de evoluir.

O CETO nasceu da pré-existência de dois pensamentos: o primeiro, de que a clínica seria soberana e, como tal, estudada e sempre aplicada; o segundo, que, com esse núcleo duro, terapeutas ocupacionais seriam formadas para a prática clínica e sua investigação, e a partir daí para a pesquisa de teorias, métodos e técnicas.

Procurei então, para esse fim ser modelo, por isso jamais deixei de assistir em terapia ocupacional. A dissertação de mestrado e a tese de doutorado tiveram como objeto de estudo as descobertas ocorridas a partir da prática clínica no CETO.

O resultado e a recompensa disso é a existência do Método Terapia Ocupacional Dinâmica, que não foi alcançado sozinho. No geral, todos do CETO são partícipes.

O Método Terapia Ocupacional Dinâmica se caracteriza pelo desenvolvimento de  conceitos da teoria da técnica, iniciando pelo do instrumento atividades.

Por definição, como todos sabem, o conceito de atividades é construído na existência de uma dinâmica e é ela que transporta o caráter dinâmico ao método. Concomitantemente, as técnicas desenvolvidas procuram estar de acordo com todas as áreas onde se possa praticar a terapia ocupacional.

Elas foram estabelecidas a partir da observação da prática clínica e sua investigação  parametradas em pressupostos teóricos, tanto os próprios da Terapia Ocupacional como os da Medicina, Psicologia, Filosofia, para generalizar, nas ciências sociais e humanas. Procuramos estabelecê-las de tal forma a serem passíveis de aplicação, transmissão, investigação e evolução na relação com o paciente, sendo esta triádica. O setting, campo transferencial, comporta o trânsito entre mundo externo e interno, tanto  para os indivíduos como ele mesmo estando aberto para o privado e para o social. Todas ocorrências nesse setting e as pertinentes a ele no social são situacionalmente analisadas em parceria com o sujeito alvo.

A população alvo da Terapia Ocupacional, por algum motivo, é excluída ou discriminada em atividades cotidianas, por isso um necessitado de assistência ou ajuda profissional. Por fim, nossos objetivos são norteados pelo nome de nossa profissão, tratar com atividades para que necessitados se ocupem de si mesmos, dos outros, de seus trabalhos, estudos, lazeres, enfim de construir cotidianamente, com prazer, a vida. As técnicas como: trilhas associativas, código particular ou secreto, ação interpretativa ou interpretação na ação, maternagem, as de dinâmica familiar ou as grupais, as nomeadas ou não nomeadas e praticamente aplicadas e ensinadas são nosso acervo inicial para a clínica

                                                                                                                    Jô Benetton

 

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Edição Completa

artigos

A “POLIS” – Jean-Philippe Guihard. Tradução: Jô Benetton   

A Interconsulta de Terapia Ocupacional no Hospital Geral: Um Espaço para a Saúde – Luciene Vaccaro de Morais  

Implantação de um Serviço de Terapia Ocupacional em uma Unidade de Medula Óssea – Ana Paula Mastropietro 

O fazer, o dizer…  Falando de Terapia Ocupacional – Julie Cunningham Piergrossi. Tradução: Jô Benetton

fórum 20 anos

Vivendo o Cotidiano – Liliana Beatriz Etchatz Fenili, Maria Madalena Moraes Sant’anna 

Terapia Ocupacional em Psiquiatria InfantilThelma Simões Matsukura 

As Contribuições do CETO na Experiência de uma Terapeuta OcupacionalMaria Luisa Gazabim Simões Ballarin 

Despertando para Um Novo ProcederDenise Sato Daher 

biografia

Eleanor Clarke SlagleJô Benetton, Renata Cristina Bertolozzi Varela