REVISTA - NÚMERO 10 - ANO 10 - 2007

editorial

São 30 anos.
Aqueles que não têm estado conosco pedem que definamos o Método Terapia Ocupacional Dinâmica (MTOD).
Bem, minha gente, aí vai: O Método Terapia Ocupacional Dinâmica vem sendo construído ao longo de trinta anos no ceto. Ele foi definido a partir de observações e investigações da Clínica. Como Método, seu núcleo duro, isto é, o primeiro pilar da teoria da técnica é a relação triádica, composta por paciente, terapeuta e atividades. O caminho processual para caracterizar o Método é a dinâmica específica pela qual movimentos de ação  e outros de reação são determinantes da dinâmica relacional entre esses três termos.

Agora, para se saber como proceder dentro deste Método, é preciso caminhar também através de uma formação como fizeram as colegas articulistas deste número. Seus escritos demonstram a clareza do saber em um Método Clínico que lhes permitiu escolher caminhos processuais em diferentes clínicas.

Nossos trinta anos valeram e nos orgulhamos disto.
Este aniversário vamos comemorar do nosso jeito: com um dia de estudos em um Fórum. Fórum este organizado também, pelas novas participantes do ceto. Alessandra Pellegrine, Alessandra Reis Pinto, Gabriela Cruz de Moraes, Giovana Pellatti, Renata Varela, Suzete Bertolote,Taís Quevedo e Tatiane Cecatto. Sejam bem vindas!

Completamos a comemoração com o lançamento desta edição.
De início, Karina Rodrigues Matavelli Rosa, em linguagem poética,passeia pelos nossos principais pressupostos para  apresentar a Terapia Ocupacional.

Mattingly, antropóloga prefaciada por nós, pesquisadora de como terapeutas ocupacionais pensam sua clínica, apresenta formulações que se compõem com os  principais aportes do MTOD como a relação triádica, a construção de narrativas e o diagnóstico situacional.
Gabriela Cruz de Moraes transita com propriedade na aplicação da técnica trilhas associativas,criando narrativas constituintes tanto da história de sua paciente como da história da própria relação triádica.

Tatiane Cecatto e suas especializandas Larissa Hebling Frungilo e Thaís Aparecida Peral falam da  importância da elaboração do diagnóstico situacional em terapia ocupacional para a definição de como e quem pode ser atendido num contexto institucional específico como uma enfermaria psiquiátrica.

Alessandra Camargo Pellegrine, a partir dos pressupostos do MTOD, estabelece as conexões com o Modelo Lúdico de Ferland para pensar de que forma o brincar na clínica da infância pode estar inserido na lógica interna da profissão.
Daniella Melo, relatando um processo de terapia ocupacional de uma paciente idosa,nos mostra como o MTOD não possui limites em sua aplicabilidade. 

Gabriela Cruz de Moraes, agora acompanhada por Juliana Tito, demonstra a necessidade de uma visão ampliada do cotidiano do paciente para a construção do diagnóstico situacional em terapia ocupacional.
Por fim, nestes trinta anos, temos recebido o respeito e confiança de mais de duas centenas de terapeutas formadas em especialização clínica e em seminários de pesquisa. A essas tantas e as que ainda estão conosco, muito obrigada pela dedicação a nós e parabéns pelos seus estudos, responsáveis sem dúvida pelo desenvolvimento da terapia ocupacional.

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